Fotografia (do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη [grafê], e significa "desenhar com luz e contraste") – desenho de luz ou de escrita de luz, não foi descoberta de uma só vez ou por uma única pessoa. Esta descoberta vinha se acumulado a partir do trabalho de muitas gerações de cientistas de diferentes países do mundo.
As pessoas sempre procuraram uma maneira de obter imagens sem o trabalho longo e tedioso de um artista.
Percebeu-se há muito tempo que um raio de sol que penetra através de um pequeno furo em um quarto escuro projeta um desenho de luz do mundo exterior, - objetos, - em uma superfície. Os objetos estão representados na relação e cores exatas, mas seu tamanho é reduzido em comparação com a realidade e eles são vistos de cabeça para baixo. Esta peculiaridade da sala escura (câmara escura) já era conhecida do antigo filósofo grego Aristóteles, que viveu no IV a.C. O princípio do funcionamento da câmara escura também foi descrito por Leonardo da Vinci.
Sabe-se que os vidros foram inventados, por volta de 1300. As lentes de óculos levaram à luneta Galileu Galilei. O grande cientista russo Lomonosov iniciou o desenvolvimento de lentes rápidas e outros dispositivos óticos.
Depois chegou o tempo em que os avanços levaram a uma câmera escura que era uma caixa com uma lente biconvexa na parte da frente e papel semitransparente ou vidro fosco/opal na parte de trás. Este equipamento foi utilizado para desenho mecânico de objetos reais. A imagem de cabeça para baixo poderia ser facilmente colocada na posição vertical com a ajuda de um espelho e então desenhar o esboçou em um pedaço de papel com um lápis.
Em meados do século 18 na Rússia uma câmara escura tornou-se generalizada, chamada "makhina dlya snimania pershpektiv" (uma máquina para a tomada de perspectivas) feita como uma tenda móvel. Ela ajudou a retratar vistas documentais de Petersburg, Petergoff, Kronstadt e outras cidades russas.
Foi "a fotografia antes da fotografia". O trabalho de um artista foi simplificado. Mas para torná-lo mecânico não foi suficiente. As pessoas queriam aprender não só a concentrar um "desenho de luz" na câmara escura, mas fixa-lo rápido em uma superfície por meios químicos.
Embora a ótica para a invenção da fotografia tivessem sido desenvolvidas muitos séculos antes, não foi senão na década de 1700 que a química tornou-se bem desenvolvida como uma ciência.
Um dos fatores mais importantes que levaram à invenção de um meio para transformar um padrão ótico em um processo químico em uma camada sensível foi a descoberta feita por um jovem químico amador russo Bestuzhev-Rjumin (1693 - 1766), que mais tarde tornar-se-ia um estadista destacado e diplomata, e um anatomista alemão e cirurgião J.H.Schulze (1687-1744). Desenvolvendo tratamentos líquidos em 1725 Bestuzhev-Rjumin notou que as soluções de sais de ferro mudavam sua cor sob a luz solar. Em dois anos Schulze produziu prova da fotos sensibilidade de sais de prata.
Mas os cientistas e inventores de diferentes países só começaram a trabalhar propositadamente na fixação química de uma imagem de luz da câmera escura apenas no primeiro terço do século 19. Os melhores resultados foram alcançados pelos franceses Joseph Nicéphore Niépce (1765 - 1833), Louis Jacques Mande Daguerre (1787 - 1851), e um inglês William Fox Talbot (1800-1877). Estas são as pessoas que são conhecidas atualmente no mundo inteiro como inventores da fotografia.
Embora tenha havido várias tentativas para a obtenção de uma imagem fotográfica, já em 1700, o ano da invenção da fotografia é considerada como sendo 1839, quando apareceu o então chamado daguerreótipo em Paris. Utilizando os resultados de suas próprias investigações e as experiências de Joseph Nicéphore Niépce o inventor francês Louis Daguerre teve um sucesso ao fotografar um homem e conseguindo uma imagem fotográfica estável, com um tempo de exposição, reduzido em relação a testes anteriores (menos de 1 minuto). Em contraste com a fotografia moderna, que produz um negativo, o daguerreotipo era positivo, o que tornava impossível a obtenção de muitas cópias.